terça-feira, 29 de agosto de 2017

PARCERIA ENTRE CEJUSC E PREFEITURA DE PELOTAS CAPACITA PROFESSORES EM JUSTIÇA RESTAURATIVA

Teve início na manhã dessa segunda-feira (28), o curso de formação em justiça restaurativa para professores atuantes na rede municipal de ensino. O foco da capacitação, que terá duração de 4 dias, é a aprendizagem do método de justiça restaurativa e círculos de paz, onde os próprios educadores poderão estar buscando maneiras de promover a pacificação no ambiente escolar, segundo informou Jussara Cruz, da Secretaria Municipal de Educação e Desporto (SMED).

         Antes do início das atividades, cada participante foi convidado a construir o seu próprio crachá, podendo personalizá-lo como quisesse. Com essa atividade, já era possível verificar a dedicação dos participantes, que após esse momento puderam contar com as contribuições da Facilitadora em Justiça Restaurativa, Selma Mazza, que teve a oportunidade de participar desse curso de formação anteriormente, e se fez presente durante a abertura do encontro para contar sua experiência de atuação junto às escolas da cidade, desenvolvendo círculos restaurativos com os alunos e professores.

Participantes construíram seus crachás.

A ideia da ação foi de chamar a atenção para a dedicação.

Foram disponibilizados diversos materiais aos participantes.

            As ministrantes do curso, Katiane Boschetti da Silveira e Lenisse Pons Pereira, que também desenvolvem atividades como docentes na Escola Superior da Magistratura (AJURIS), após todas as explicações sobre como seria o andamento do curso, deram início comentando sua atuação como instrutoras em justiça restaurativa. Katiane destacou que essa é a 4ª vez que Pelotas recebe esse curso de formação e que sente-se muito satisfeita em perceber o valor que os gestores do município dão para novas formas de combater conflitos, como é o caso do método dos círculos de justiça restaurativa.

           Lenisse, em seu discurso, seguiu enaltecendo a importância dada pela Prefeitura de Pelotas para a construção da paz nas escolas do município, através do projeto “Pacto Pelotas pela Paz”, iniciativa lançada em cerimônia no início de agosto, contando com a participação do Juiz de Direito e Diretor do Foro de Pelotas, Dr. Marcelo Malizia Cabral. 

Jussara Cruz fez a fala inicial do encontro, comentando do
objetivo da SMED com a aplicação da JR.
Selma Mazza contou sobre sua experiência na aplicação
dos círculos de paz nas escolas, para solucionar conflitos.

Lenisse e Katiane foram as ministrantes do curso, docentes da AJURIS e instrutoras de JR.

Selma pode dividir sua vivência com os demais participantes do curso.

       Para o Magistrado Malizia, que dirige o Foro da Comarca de Pelotas e também o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC), "a iniciativa da Prefeitura em capacitar professores e gestores da escolas no tratamento de conflitos é louvável e contribuirá para a construção da paz na cidade".

        O curso de formação para os professores da rede municipal de ensino é promovido pelo CEJUSC e pela Prefeitura Municipal de Pelotas como estratégia do Pacto Pelotas pela Paz. Os encontros acontecem no Centro Tecnológico de Aprendizagem de Pelotas (CETEP), e são destinados a dois professores de cada escola, que poderão desenvolver atividades de prevenção em suas próprias escolas, como facilitadores de justiça restaurativa.

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

ESCOLA DA Z3 RECEBE PROJETO “DROGAS: CAMINHOS PARA O ABISMO”

A Escola Municipal Raphael Brusque, no bairro da Z3, recebeu nessa segunda-feira (14) o projeto “Drogas: Caminho para o abismo”, uma parceria do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC), com o Rotary Club Oeste e o grupo Amor Exigente Fênix, que visa levar até as escolas do município ações preventivas de combate ao uso de drogas.
      No encontro dessa semana, participaram a Gestora do CEJUSC, Marília Gonçalves, além dos representantes do Rotary Club Pelotas Oeste, Jorge Cardoso, João Paulo Garcia e Jorge Almeida, que falaram sobre os problemas enfrentados pelos usuários de drogas, além da dificuldade de conseguir se reinserir novamente no meio social após se livrar do vício.
      Ao final do encontro, os representantes do Rotary Club Oeste exibiram um vídeo aos alunos, que continha relatos de pessoas e famílias que tiveram envolvimento com o uso de drogas, além da influência dessa ação nas relações familiares, que são bastante atingidas por essa escolha.

Os representantes do Rotary Club Oeste falaram dos malefícios no uso de drogas.

        O PROJETO

      A Campanha contra as drogas já atingiu mais de 1900 jovens, sendo composta por folders, banners, vídeos, palestras e oficinas, que visam esclarecer a comunidade sobre os malefícios causados pelas drogas e orientar sobre condutas de prevenção e de tratamento ao uso de drogas, circulando por todas as Escolas e grupos sociais da Comarca de Pelotas que manifestarem interesse para a Secretaria Municipal de Educação e Desporto (SMED).

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

CEJUSC FECHA PARCERIA COM A SMED EM PROJETO ANTI RACISMO NAS ESCOLAS

Em duas reuniões realizadas na manhã dessa terça-feira (8), o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC), fechou parceria com a Secretaria de Municipal de Educação e Desporto (SMED) para combater o racismo no ambiente escolar, através de palestras informativas com direção e professores de instituições de ensino do Município.

         Na primeira reunião, entre a equipe diretiva da SMED, formada pelos Professores Rosa Morales, Jussara Cruz e Edson Borges, com as representantes do CEJUSC, Marília Gonçalves, Ivete Oliveira da Silva e Marilaine Furmann, foram acertados detalhes do projeto que visa combater o racismo nas escolas da cidade de Pelotas, através de ações que informem e direcionem um novo olhar sobre o negro na história, geralmente lembrado de maneira pejorativa.

O encontro foi realizado na sede da SMED, localizado na Avenida Duque de Caxias.

         Uma das pautas desse primeiro encontro foi a pouca inclusão da raça negra nos livros escolares, quando muitos professores alegam que o Estado e o Município não oferecem muitas opções para serem utilizadas junto aos alunos. A Conciliadora Ivete comentou das experiências que já teve enquanto professora da rede municipal de ensino, onde a pessoa negra recebe apelidos como “moreninha” e “mulata”, como se o fato de ser negro fosse ofensivo, e que isso precisa ser combatido.

           Marilaine, Facilitadora do CEJUSC, comentou que o projeto anti racismo não busca culpabilizar a sociedade para a forma como o racismo acontece, mas sim lançar um novo olhar sobre a situação e as relações sociais entre crianças, brancas ou negras, dentro das instituições de ensino, que é o primeiro lugar onde o indivíduo começa a conviver com outras pessoas.

            Após a pré reunião para acerto de detalhes entre as representantes do CEJUSC e a equipe diretiva da SMED, foi iniciado o encontro com demais gestores e professores da rede municipal de ensino, principalmente das três escolas que irão receber o projeto durante o mês de agosto desse ano, que são: Frederico Ozanan, Mário Meneghetti e Núcleo Habitacional Getúlio Vargas.

           A Conciliadora Ivete comentou a dificuldade que nota nos educadores em trabalhar o racismo nas salas de aula, onde também percebe o quanto a criança negra é discriminada, o que não deveria ocorrer pois é no ambiente escolar, começando pela pré escola, que a criança tem o primeiro contato com a educação, e isso pode afetar todo o seu desenvolvimento futuro.

      Ivete também comentou que para o projeto ter andamento, é necessário que funcionários, professores e a direção trabalhem juntos, sendo esse justamente o objetivo principal, visando capacitar gestores escolares para trabalhar a negritude dentro da sala de aula, além de atualizar o currículo escolar, com conteúdos que falem a verdade sobre a história da raça negra, e não verdades inventadas ao longo dos anos. Essa ideia foi complementada pela Facilitadora Marilaine ao final, que falou ainda sobre o uso da Justiça Restaurativa para colaborar nessa mudança de visão, através das ferramentas do diálogo e da cultura da paz.

A Conciliadora Ivete falou sobre a dificuldade encontrada
nas bibliografias trabalhadas na escola.

A Facilitadora Marilaine comentou do uso da justiça 
restaurativa para solucionar problemas dentro da escola.



Algumas obras apresentadas pela Conciliadora Ivete.

          Por fim, foram apresentadas opções de livros que poderiam ser incluídos no currículo das escolas, que poderiam contribuir para essa mudança de paradigma. Entre os autores citados estava Maria Rita Py, autora de diversos livros de história para crianças, que conta sob uma visão lúdica e clara, as situações vividas no cotidiano por pessoas da raça negra.


      O Juiz de Direito, Diretor do Foro de Pelotas e Coordenador do CEJUSC, Marcelo Malizia Cabral, representado no encontro pela Gestora do CEJUSC, Marília Gonçalves, comemorou a parceria firmada, dizendo que “a discriminação racial é causa de muitos conflitos e, que com a campanha, o CEJUSC pretende contribuir com a prevenção de conflitos e com a pacificação social”.

ESCOLA MUNICIPAL DA Z3 RECEBE O PROJETO “EDUCAÇÃO PARA A PAZ”

 Na tarde da última segunda-feira (7) a Escola Municipal Raphael Brusque, localizada no bairro Z3, recebeu representantes do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC) para uma conversa sobre a educação para que cheguemos até a paz almejada no ambiente escolar.
               Estiveram presentes a Gestora do CEJUSC, Marília Gonçalves, e as Facilitadoras de Justiça Restaurativa, Ana Paula Henrique e Marilaine Furmann, que falaram sobre ações que podem colaborar para que exista a paz entre professores e alunos, além da necessidade do respeito e dos bons valores para que a educação possa fazer o seu papel na vida do indivíduo.
            A primeira a conversar com os alunos do 4º ano da escola, foi a facilitadora Ana Paula. Ela chamou a atenção para o fato de que a educação precisa vir de dentro das famílias, e não ser uma obrigação da escola, para onde a criança vai para receber o conhecimento transmitido pelos professores.
            Marilaine apresentou aos alunos a atuação da Justiça Restaurativa, e falou sobre sua aplicação para solucionar problemas e conflitos no ambiente escolar, sem que seja preciso a intromissão do Poder Judiciário, onde o problema toma dimensões muito maiores, envolvendo advogados e juízes para solucioná-lo. Marilaine também falou sobre técnicas que podem ser usadas em sala de aula para discutir dificuldades entre colegas, como é o caso do “objeto da palavra”, que facilita o diálogo por ser uma ação lúdica e social.
            Ao final do encontro, foi apresentado um vídeo que falava sobre o que sonhamos ser depois de adultos, e solicitado aos alunos que fizessem desenhos ou redações sobre tudo que havia sido apresentado, gerando grande surpresas vindas dos alunos.
Por fim, a Facilitadora Ana Paula convidou alunos e professores da escola a cantarem parabéns pela passagem de 5 anos da realização das palestras do projeto “Educação para a Paz”, comemorado no próximo dia 22 de agosto.

Ana Paula falou sobre a transmissão do conhecimento na escola.

Os alunos do 4º ano participaram do encontro.

Marilaine falou sobre o uso da justiça 
restaurativa para solução de conflitos.

Os alunos fizeram desenhos e redações sobre a conversa com as mediadoras.

O PROJETO
            O tema, abordado nos encontros do projeto “Educação para a Paz”, é a mediação de conflitos dentro do ambiente escolar e, como é possível solucionar casos de agressividade e falta de respeito mantendo um diálogo aberto entre alunos, professores e gestores das escolas. Esse tema está dentro do foco da campanha, que já atingiu cerca de 9 mil alunos do município, e que visa promover a cultura da paz e a conscientização da comunidade para a importância do diálogo como maneira de promoção do entendimento, pacificação social e facilitação do acesso da população à justiça e a resolução de conflitos por meio da conciliação e mediação.