Na última sexta-feira
(19), aconteceu em Porto Alegre o Seminário de Justiça Restaurativa
e Construção de Paz nos Territórios do POD, pelo Projeto Escola
mais Paz. O evento foi no auditório do Ministério Público, com
programação que se estendeu pela manhã e tarde.
O seminário foi
dividido em programações que se alteravam a cada trinta minutos,
sendo preenchido quase todo o período por relatos da experiência da
Justiça Restaurativa em comunidades.
No Foro da Comarca de
Pelotas, toda primeira terça-feira de cada mês ocorre a reunião de
supervisão de Justiça Restaurativa, onde se reúnem os supervisores
da JR para debaterem sobre as experiências realizadas no município.
As reuniões são realizadas em formato de Círculo, como efetuado
pela Justiça Restaurativa. O Seminário na Capital funcionou próximo
ao que ocorre em Pelotas, pois o foco foi o debate quanto a JR, onde
foi pautado as atividades que estão sendo realizadas para que sirvam
de aprendizado a todos que prestigiaram o evento.
Facilitadores da Justiça Restaurativa durante o evento. |
Diversos Facilitadores
da Justiça Restaurativa de Pelotas participaram também do Evento.
Francisco Paiva, além de facilitador da JR, também é conciliador e
atua no Foro de Pelotas em parceria do Cejusc, tendo realizado
recentemente o Curso de Mediação Básica. Paiva avaliou como uma grande oportunidade participar do seminário:
“A nossa atividade enquanto Facilitadores da Justiça Restaurativa, só tem a ficar mais rica após participar desses Eventos. É muito importante verificar que a alternativa dialogada e aproximativa da JR, consegue mudar atitudes e oferece uma forma nova de convivência, com mais tolerância, respeito, empatia e compaixão, ver o outro como um seguimento de si mesmo”.
Giziane, assim como
Francisco, também participou recentemente do Curso de Mediação
Básica, e foi até Porto Alegre buscar mais aprendizado para sua
prática com a Justiça Restaurativa.
“Tivemos um dia inteiro de testemunhos de jovens de bairros depreciados pela sociedade, que contaram o quanto a justiça restaurativa mudou suas vidas e os fez desenvolver empatia e desejar proporcionar mudanças na vida de outros. O que me marcou foi um menino chamado Vini, que começou sua fala dizendo que se sentia muito feliz por ser negro, de um bairro que segundo as estatísticas é perigoso pelo alto índice de criminalização, e poder falar diante de pessoas na sua maioria brancas e autoridades. Dezesseis anos e formado em JR avançado e facilitador em seu bairro e hoje inserido em programas de estudo e grandes oportunidades únicas. Ele causou muita comoção na plateia que o aplaudiu de pé”. Comentou Giziane.
Giziane, Francisco e Wilma após realizarem círculo da paz em escola. |
Os Facilitadores voltam a
Pelotas com mais conhecimento e desejo de ajudar a transformar a
cidade em um município cada vez melhor. A vontade de fazer a
diferença é o que realmente faz a diferença no mundo, pois é
preciso acreditar e fazer acontecer, para que assim os problemas
sejam resolvidos. A Justiça Restaurativa acredita que todos somos
capazes de perceber nossos erros e repará-los, através de técnicas
de dialogo onde todos são vistos e ouvidos igualmente.
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