terça-feira, 23 de julho de 2019

PACTO PELOTAS PELA PAZ É APRESENTADO EM PORTO ALEGRE


Do dia 19 a 22 de julho aconteceu em Porto Alegre a Jornada de Intercâmbio sobre Políticas de Pacificação Social com Enfoque Restaurativo no Rio Grande do Sul, Ceará e Amapá. O objetivo do encontro era o compartilhamento de experiências com vistas à formulação e aprimoramento das políticas públicas de pacificação social, com ênfase nos princípios e práticas da Justiça Restaurativa e dos Círculos de Construção da Paz. Foi abordado assuntos relacionadas às escolas, como o projeto Círculos em Movimento nas Escolas, além do Seminário do Programa Escola+Paz, do qual contou com a presença de diversos facilitadores da Justiça Restaurativa de Pelotas.

O Pacto Pelotas pela Paz foi apresentado na tarde desta segunda-feira (22), pelo Coordenador do Projeto, Samuel Ongarato.

O Pacto foi apresentado no Auditório da Escola Superior da Magistratura.

O Pacto Pelotas pela Paz nasceu após o município estar vivendo uma forte onda de criminalidade. A taxa de homicídios havia crescido 488% e a de roubos em geral 76% em 14 anos. Roubos de veículos havia crescido 182% em 12 anos. Era necessário que Pelotas tomasse uma atitude que resultasse efeito. O Pacto teve como exemplo três cidades que viveram momentos conturbados com a criminalidade: Nova York, Medellín e Bogotá.

O objetivo principal do Pacto Pelotas pela Paz era de criar uma nova concepção de segurança pública, sendo proativa, focadas, com ações integradas, baseada em evidências científicas e unindo forças entre o Estado, Município e a Sociedade. Pelotas teve com o Pacto ações que utilizavam a Justiça Restaurativa com alicerce de um plano de prevenção aos delitos. A partir da JR, foi criado o Infância Protegida, Escola da Paz, Cada Jovem Conta e Segunda chance, todos projetos focadas em criar um ambiente de conciliação e boa vivência, a partir de oportunidades e auxílio a jovens.

Para a repressão, o Pacto foi baseado em evidências, do qual para resolver crimes contra a vida e armas de fogo, foi realizado operações de repressão integradas e aceleração de júris. Para diminuir crimes contra patrimoniais, foi aumentado o policiamento em pontos de maior taxa de delitos.

Circulo da paz com Jovens do Projeto Start no Bairro Lindóia.

O Pacto teve melhor resultado em Pelotas do que nas três cidades que utilizou como exemplo. No primeiro ano, a taxa de homicídios diminuiu 23,5%, e no segundo ano foram 48,8%. Em dois anos de prática do Programa, a taxa de homicídios diminuiu quase 50%, e a perspectiva é de que tenha ainda melhores resultados nos próximos anos, pois é constantemente supervisionado para que seja analisado todas as atividades realizadas, dando enfoque nas práticas que dão melhores resultados e corrigindo onde não é satisfatório.

O Programa recebeu um ótimo feedback na capital do RS. O Pacto e todos que participam receberam muitos elogios pelo trabalho realizado, pois os resultados muito positivos no que já foi alcançado e os próximos planos que estão sendo elaborados pelo Pacto agradaram muito aos presentes. A Vice-Governadora do Estado do Ceará, Maria Izolda de Arruda Coelho, ficou encantada pelos resultados de Pelotas, e convidou para que o projeto seja apresentado ao Governador do Ceará, Camilo Santana.

Sobre a Justiça Restaurativa


A Justiça Restaurativa, diferente da Justiça Comum, é um método não punitivo. O objetivo é difundir a cultura da paz, visando a prevenção e a solução de conflitos através do diálogo e da reconstrução das relações, melhorando assim, a convivência na sociedade. É uma peça chave do Pacto Pelotas pela Paz para prevenir e reduzir a criminalidade no município. A Justiça Restaurativa tem como parceiro o Cejusc, que realiza diversas atividades em comunidades e escolas de Pelotas. Na primeira terça-feira de cada mês é realizado no Foro da Comarca de Pelotas, a reunião de supervisão da JR, onde os supervisores se reúnem e trocam experiências sobre os resultados obtidos no período entre as reuniões.

Supervisoras da Justiça Restaurativa durante reunião.   |   Foto: Pablo Gimenes


segunda-feira, 22 de julho de 2019

FACILITADORES DA JUSTIÇA RESTAURATIVA PARTICIPAM DE SEMINÁRIO NA CAPITAL


Na última sexta-feira (19), aconteceu em Porto Alegre o Seminário de Justiça Restaurativa e Construção de Paz nos Territórios do POD, pelo Projeto Escola mais Paz. O evento foi no auditório do Ministério Público, com programação que se estendeu pela manhã e tarde.

Todos facilitadores da Justiça Restaurativa de Pelotas que particionaram reunidos.

O seminário foi dividido em programações que se alteravam a cada trinta minutos, sendo preenchido quase todo o período por relatos da experiência da Justiça Restaurativa em comunidades.

No Foro da Comarca de Pelotas, toda primeira terça-feira de cada mês ocorre a reunião de supervisão de Justiça Restaurativa, onde se reúnem os supervisores da JR para debaterem sobre as experiências realizadas no município. As reuniões são realizadas em formato de Círculo, como efetuado pela Justiça Restaurativa. O Seminário na Capital funcionou próximo ao que ocorre em Pelotas, pois o foco foi o debate quanto a JR, onde foi pautado as atividades que estão sendo realizadas para que sirvam de aprendizado a todos que prestigiaram o evento.


Facilitadores da Justiça Restaurativa durante o evento.

Diversos Facilitadores da Justiça Restaurativa de Pelotas participaram também do Evento. Francisco Paiva, além de facilitador da JR, também é conciliador e atua no Foro de Pelotas em parceria do Cejusc, tendo realizado recentemente o Curso de Mediação Básica. Paiva avaliou como uma grande oportunidade participar do seminário:

“A nossa atividade enquanto Facilitadores da Justiça Restaurativa, só tem a ficar mais rica após participar desses Eventos. É muito importante verificar que a alternativa dialogada e aproximativa da JR, consegue mudar atitudes e oferece uma forma nova de convivência, com mais tolerância, respeito, empatia e compaixão, ver o outro como um seguimento de si mesmo”. 

Giziane, assim como Francisco, também participou recentemente do Curso de Mediação Básica, e foi até Porto Alegre buscar mais aprendizado para sua prática com a Justiça Restaurativa.

“Tivemos um dia inteiro de testemunhos de jovens de bairros depreciados pela sociedade, que contaram o quanto a justiça restaurativa mudou suas vidas e os fez desenvolver empatia e desejar proporcionar mudanças na vida de outros. O que me marcou foi um menino chamado Vini, que começou sua fala dizendo que se sentia muito feliz por ser negro, de um bairro que segundo as estatísticas é perigoso pelo alto índice de criminalização, e poder falar diante de pessoas na sua maioria brancas e autoridades. Dezesseis anos e formado em JR avançado e facilitador em seu bairro e hoje inserido em programas de estudo e grandes oportunidades únicas. Ele causou muita comoção na plateia que o aplaudiu de pé”. Comentou Giziane.

Giziane, Francisco e Wilma após realizarem círculo da paz em escola.

Os Facilitadores voltam a Pelotas com mais conhecimento e desejo de ajudar a transformar a cidade em um município cada vez melhor. A vontade de fazer a diferença é o que realmente faz a diferença no mundo, pois é preciso acreditar e fazer acontecer, para que assim os problemas sejam resolvidos. A Justiça Restaurativa acredita que todos somos capazes de perceber nossos erros e repará-los, através de técnicas de dialogo onde todos são vistos e ouvidos igualmente.


segunda-feira, 15 de julho de 2019

FORO DE PELOTAS FORMA NOVOS MEDIADORES

Durante a segunda semana do mês de Julho, foi realizado o Curso de Mediação Básica, no Foro da Comarca de Pelotas. O Curso é dividido entre teórica e prática, sendo já realizada toda parte teórica durante a semana passada, restando agora apenas a prática, da qual possui carga horária maior, que poderá ser realizada em qualquer Comarca, sendo de escolha dos próprios alunos.

Marcelo Cabral, participantes e Mediadoras que ministraram o curso ao final da etapa teórica.

O curso contou com apoio do Cejusc e foi ministrado pelas instrutoras Maria Inês Alves de Campos, Vanessa Souza da Silva e Manuela Mallmann. Foram disponibilizadas vinte e quatro (24) vagas para o curso, do qual vinte e duas (22) foram preenchidas, tendo apenas uma desistência ao longo da semana.

A sala 805 do Foro foi palco de aulas durante todas as manhãs e tardes, por pessoas que acreditam que é possível resolver conflitos a partir do diálogo, do respeito e entendimento mútuo. Pessoas que acreditam que a mediação é um caminho importante para o Poder Judiciário. Os novos mediadores agora colocarão em prática todo o aprendizado acumulado durante a semana, do qual realizaram diversas atividades que lhes capacitaram concluir a parte teórica do curso.



Atividade sendo realizada durante o curso.


Dentre os participantes do curso, há parceiros voluntários do Cejusc de longa data, como Francisco Paiva e Giziane Fonseca, Conciliadores e Facilitadores da Justiça Restaurativa. O Coordernador do Cejusc de Canguçu, também Diretor do Foro de Canguçu, Christian Karam da Conceição, também participou do Curso. O Cejusc de Canguçu abriu vagas para a realização do Curso de Mediação Básica, entretanto não obteve o número mínimo de inscritos (15) para a realização.

algumas atividades foram realizadas em grupo, possibilitando pratica simulada aos alunos.


Ao final do curso, foi feita uma confraternização entre todos que fizeram parte da realização do curso. A sala 805 do Foro finalizou a semana do mesmo jeito que começou. Com pessoas alegres, determinadas em tornar a sociedade um lugar melhor para todos, mas que agora colocarão em prática todo o conhecimento obtido na última semana. É a expectativa de que mais casos sejam resolvidos através da melhor forma possível: O diálogo.

terça-feira, 9 de julho de 2019

NOVOS MEDIADORES SÃO FORMADOS EM PELOTAS

A segunda semana do mês de Julho iniciou-se com muita movimentação no Foro da Comarca de Pelotas, isso porquê marca o início do Curso de Mediação Básica, que será realizado durante toda essa semana. O Curso é dividido entre teórica e prática, sendo a realização de toda parte teórica durante essa semana, no próprio Foro de Pelotas, e a Prática, com uma carga horária maior, por escolha dos mediadores em formação.

Turma de formação de mediadores durante a aula inaugural. 


A formação serve para capacitar pessoas a se tornarem mediadores, habilitando para atuar em qualquer Comarca, ou de forma privada. O curso conta com apoio do Cejusc e é ministrado pelas instrutoras Maria Inês Alves de Campos, Vanessa Souza da Silva e Manuela Mallmann.

Foram disponibilizadas vinte e quatro (24) vagas para o curso, com requisitos de seleção para Curso de Mediação Básica: Possuir no momento da inscrição, graduação em ensino superior há mais de dois anos em qualquer área, noções de informática, possuir disponibilidade para realização das 40h da etapa fundamentação (teorico-prática) e 90h de estágio, que deverá ser encerrado em até um ano contado do final da etapa fundamentação e apresentação de folha-corrida extraída há menos de 31 dias. Apenas duas vagas não foram preenchidas.

Mesmo com o frio em Pelotas, que chegou aos 7º graus às 9h da manhã, horário que começou o curso, não teve quem faltasse. A sala 805 do Foro, durante essa semana, será ocupada durante todas as manhãs e tardes, por pessoas que acreditam que é possível resolver conflitos a partir do diálogo, do respeito, do entendimento mútuo. Pessoas que acreditam que a mediação é um caminho importante para o poder judiciário.

Marcelo Cabral da boas-vindas a turma.

O Diretor do Foro de Pelotas, Marcelo Malizia Cabral, visitou a turma durante o começo desta tarde para dar as boas-vindas a todos participantes, desejar bons estudos e salientar a felicidade de ter novos mediadores se formando em Pelotas. Cabral fez menção ao acréscimo pessoal e profissional que teve ao realizar o Curso de Mediação, há alguns anos. O Diretor falou que é curso transforma a pessoa não só em mediadora, mas também em alguém mais suscetível ao diálogo, ao respeito e que busca primeiro o entendimento para resolver as questões de sua vida.

Marcelo Cabral fez questão de agradecer e valorizar pelo trabalho desenvolvido pelas instrutoras do Curso. Vanessa da Silva, uma das instrutoras, fez parte da primeira turma de mediadores desenvolvida em Pelotas, na UCPel, quando o Cejusc ainda não havia sido criado na Comarca de Pelotas. Maria Inês, outra instrutora, fez parte da segunda turma de mediadores formados no município. Malizia também afirmou aos presentes, que estão participando da melhor formação de mediadores do Rio Grande do Sul.

Manuela Mallmann, instrutora, agradeceu a presença de Cabral, e ainda exclamou a satisfação de poder desenvolver o trabalho no Foro de Pelotas, do qual classificou como uma Comarca que serve de exemplo por acreditar tanto no trabalho desenvolvido pela mediação e conciliação.

Diretor agradece em nome do Foro por receber pessoas
com desejo de se tornarem mediadora.

Por fim, Malizia ainda fez menção às atividades realizadas pelo Cejusc, que envolvem ações de cidadania, colaboração e pacificação. Utilizou como um exemplo, a campanha Educação para a Paz, do qual o Cejusc visita mensalmente escolas e desenvolve um trabalho de integração na comunidade, com finalidade de aproximar os integrantes e melhorar as relações dentro entre todos.

CEJUSC COMEMORA 8 ANOS EM PELOTAS

A tarde da primeira terça-feira (2) do mês de Julho foi de festa para o Cejusc. O Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania comemorou seu oitavo ano de existência no Foro da Comarca de Pelotas. A comemoração foi realizada na sala 805 do Foro.

Bebidas, doces e salgados davam gosto a festa, que deixou a tarde na Comarca muito mais saborosa. O aniversário do Cejusc contou com a presença de diversos apoiadores das atividades realizadas. Conciliadores, mediadores, facilitadores da Justiça Restaurativa, servidores, estagiários e amigos que compõem o Cejusc compareceram à festa.

Todos presentes se apresentaram em círculo.


A estagiária Mariane, representando o Centro Judiciário de solução de conflitos e cidadania no início da comemoração, solicitou que todos os presentes, em círculo, se apresentassem e apontassem sua relação com o Centro. Todos assim fizeram, mas não só isso, ainda apontaram alguma informação positiva sobre sua experiência com o Cejusc, como o Secretário de Segurança de Pelotas, Tenente Bruno, que agradeceu pelo serviço prestado pelo Cejusc, do qual utilizou como usuário e alega ter somente elogios.

Secretário de Segurança de Pelotas, Tenente Bruno, conta a todos sua experiência com o Cejusc.


Em datas como o aniversário do Centro Judiciário de Solução de conflitos, é interessante valorizar histórias, como da Ana Paula, que é colaboradora do Cejusc desde seu nascimento.

“Quando eu cursava Direito na Universidade, e estava no último ano, que tinha o estágio obrigatório, a gente tinha que peticionar, entrar com cinco (5) processos durante o ano, e eu não gostava de peticionar. Eu já fazia conciliação, então pedi autorização para o professor na época, que era meu Supervisor, e chamava a outra parte para fazer a conciliação na faculdade mesmo, chamava o autor e o réu, ou o mediando e a medianda e solucionava o conflito, não havendo necessidade de entrar com litígio. [A conciliação] é a melhor maneira, porquê é através do diálogo, do respeito e da comunicação”. Ana Paula, colaboradora há 8 anos do Cejusc.

Ana Paula, na esquerda da foto, ao lado de colaboradoras do Cejusc.


O Diretor do Foro e também coordenador do Cejusc, Marcelo Malizia Cabral, chegou por volta das 16h no evento, após ter participado de outro compromisso. Cabral então solicitou que todos se reunissem em círculo novamente para que pudesse dizer algumas palavras. O respeito, admiração e agradecimento resumem a fala de Marcelo, que falando pelo Cejusc, pôde publicamente agradecer pelo trabalho desenvolvido por todos colaboradores.

Cabral durante seu momento de fala representando o Cejusc.


O Centro Judiciário de solução de conflitos e cidadania (CEJUSC), completou oito anos de atendimento em Pelotas. O Cejusc trabalha com conciliações e mediações, promovendo desde 2011 a solução de conflitos através do dialogo. O Centro ainda promove, juntamente ao Juiz de Direito Marcelo Malizia Cabral (Coordenador do Cejusc), atividades de justiça restaurativa em Pelotas e região, além de ações em comunidades escolares, auxiliando assim a tornar o município cada vez mais conectado, seguro e próspero. Os anos se passam e cada vez mais histórias positivas compõem e demonstram a importância do trabalho que é realizado em Pelotas. O Cejusc funciona de segunda a sexta, das 9h às 18h na sala 411 do Foro da Comarca.

Galeria de fotos:















Sobre o Cejusc


Endereço: Foro da Comarca de Pelotas, RS.
Avenida Ferreira Viana, n.º 1134, sala 411, 4.º andar, Pelotas, RS, CEP 96085.000.
Atendimento ao público: de segundas a sextas-feiras, das 9h às 18h.


quarta-feira, 3 de julho de 2019

DIRETOR DO FORO RECEBE TITULO DE CIDADÃO HONORÁRIO EM MORRO REDONDO


A Câmara Municipal de Vereadores de Morro Redondo outorgou o titulo de Cidadão Morro-Redondense ao Magistrado Marcelo Malizia Cabral, Diretor do Foro da Comarca de Pelotas, em Sessão Solene realizada na manhã desta quarta-feira, 3 de julho, no Centro de Eventos Valdino Krause, em Morro Redondo.

O Diretor do Foro recebeu o convite da Vereadora Silvia Augusta Wahast Islabão, Presidente da Câmara Municipal de Morro Redondo, em razão dos trabalhos realizados pelo Magistrado em benefício do município, sendo sua indicação ao titulo acolhida e aprovada por unanimidade pelo Poder Legislativo.

Autoridades reunidas no auditório do Centro de Eventos em Morro Redondo.   |   Foto: Pablo Gimenes


Cabral é tido como referência em seu papel como Juiz de Direito, além de todas as suas outras funções que realiza em prol da Paz. Seus esforços para levar a sociedade a um convívio harmônico foram bastante lembrados durante sua homenagem, tendo o Prefeito do município, Diocélio Jaeckel, salientado que pessoas com a índole de Cabral, que trabalham com uma atuação humana, próxima da população, são pessoas do bem e que a comunidade precisa e tem a honra de ter por perto.

Em seu momento de fala, Malizia proferiu algumas palavras, à pedido da Vereadora Silvia Islabão, sobre a cultura de paz. O Magistrado conversou com o público presente, maior parte estudantes do ensino fundamental, sobre o papel de um Juiz de Direito, utilizando exemplos mais próximos do dia-a-dia, para que dessa maneira os estudantes pudessem compreender a função de um Juiz, traçando também um paralelo fundamental com a cultura de paz. O Diretor do Foro salientou que em uma sociedade onde todos cumprem seus deveres, todos vivem em paz. Para frisar a ideia proposta, Cabral propôs três regras essenciais que devem ser seguidas para se viver em paz: 'Cumprir seus deveres', 'Não fazer com o outro o que não gostaria que fizessem a ti', e por último, 'Pedir desculpas e reparar', quando se cometer um erro.

Marcelo Malizia recebendo a placa da vereadora Silvia Islabão.   |   Foto: Pablo Gimenes

Ao agradecer ao titulo de Cidadão Honorário, Marcelo exclamou a sua gratidão, elogiou a postura do município de promover atividades que buscam a paz e incentivarem o futuro dos jovens com atividades que aproximam a comunidade em geral.

O evento também marcava a entrega do titulo de cidadã honorária Morro-Redondense a Leny Esteves Waltzer, ex-professora que por muitos anos atuou de maneira muito satisfatória ao município. Também marcou a posse dos Vereadores Mirins, sendo nove estudantes de 9 a 12 anos empossados. O cargo de Vereador Mirim é um estudo criado pelo município para incentivar o conhecimento e a participação dos jovens nas atividades de representação da cidadania, que envolve apresentação de propostas, ideias e questionamentos, suscitando uma visão pedagógica e interativa na comunidade.

Vereador Mirim recebendo a posse durante a sessão.   |   Foto: Pablo Gimenes

Sobre os feitos de Marcelo Cabral por Morro Redondo:



O Juiz Malizia dedica-se a levar Cidadania ao Município de Morro Redondo há vários anos.

Em 30 de novembro de 2012, o Magistrado foi responsável pela instalação de um Posto de Justiça Comunitária em Morro Redondo, por meio do qual centenas de moradores do município puderam resolver problemas e alcançar seus direitos por meio da conciliação e da mediação, sendo que atualmente o convênio está sendo renovado para que o trabalho prossiga.

Além disso, Malizia e a equipe do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania da Comarca de Pelotas (Cejusc) promoveram diversas palestras a jovens, adultos e idosos tratando de temas como prevenção de conflitos e ao uso de drogas e sobre direitos dos idosos, levando informação e cidadania a centenas de moradores de Morro Redondo.


Sobre Cabral:


Marcelo Cabral durante evento em Morro Redondo.   |   Foto: Pablo Gimenes

O Juiz Marcelo Malizia Cabral graduou-se em Direito pela Universidade Federal de Pelotas, em agosto de 1994. No ano seguinte, foi aprovado em concurso público para Juiz de Direito. Atuou na Comarca de Pedro Osório de 1995 a 2007, quando foi promovido para a Comarca de Pelotas, onde jurisdiciona no Segundo Juizado da Primeira Vara Cível, coordena do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC).

É especialista em Poder Judiciário pela Fundação Getúlio Vargas, RJ; especialista em Direitos Humanos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul; especialista em Educação pelo Instituto Federal de Ciência, Tecnologia, e Educação Sul-rio-grandense; mestre em Direitos Fundamentais pela Universidade de Lisboa; mestre Administração Judiciária pela Fundação Getúlio Vargas, RJ; consultor interno do Plano de Gestão pela Qualidade do Poder Judiciário no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul; membro do Centro de Pesquisas Judiciário, Justiça e Sociedade, órgão da Escola Superior da Magistratura do Rio Grande do Sul e membro do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC) do TJRS.

É professor do Curso de Direito da Universidade Católica de Pelotas (UCPEL) e professor convidado dos cursos de pós-graduação em direitos humanos e cidadania da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA).

Foi diretor dos departamentos de Cidadania e Direitos Humanos, de Valorização Profissional e de Coordenadorias da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul - AJURIS; coordenador Estadual da Associação Brasileira de Magistrados, Promotores de Justiça e Defensores Públicos da Infância e Juventude - ABMP; coordenador do Curso de Preparação à Magistratura da Escola Superior da Magistratura em Pelotas.

Recebeu Votos de Louvor da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (2006 e 2007) e da Corregedoria-Geral da Justiça (2008) em razão de sua atuação profissional. Por esse mesmo motivo recebeu Moções de Honra ao Mérito e de Congratulações dos Poderes Legislativos dos Municípios de Pedro Osório (1997) e Amaral Ferrador (2009), Torres (2014). Foi condecorado com o título de Cidadão Cerritense pela da Câmara de Vereadores do município de Cerrito (2006), de Cidadão Emérito pela Câmara de Vereadores de Pelotas (2015), de Cidadão Leonense pela Câmara de Vereadores de Capão do Leão (2016) e de Cidadão Amaralense pela Câmara de Vereadores de Amaral Ferrador (2018).

Recebeu Menção Honrosa no II Prêmio Innovare: O Judiciário do Século XXI, honraria instituída pelo Ministério da Justiça em parceria com a Associação Brasileira de Magistrados e com a Fundação Getúlio Vargas, em razão do trabalho com egressos do sistema prisional (2005).

Coordenou o Projeto Cooperativa João-de-Barro no período de 2003 a 2007, integrante do Projeto Trabalho Para a Vida, da Corregedoria-Geral da Justiça, que garante trabalho para egressos do sistema prisional e jovens egressos do cumprimento de medidas socioeducativas de internação, prática vencedora do Prêmio Direitos Humanos 2005, na categoria defesa dos direitos humanos, promovido pela Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, em conjunto com a Unesco e com a Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho.