terça-feira, 4 de agosto de 2015

Relato da atuação da Justiça Restaurativa na Escola Getúlio Vargas

A Justiça Restaurativa no ano de 2014, foi implantada na Escola Getúlio Vargas, situada na cidade de Pelotas, por solicitação da direção, através das facilitadoras Marilaine Furmann e Selma Mazza.
Aniversário da Escola Getúlio Vargas - Facilitadoras de Justiça Restaurativa Marilaine (esquerda) e Selma e a Diretora, Patrícia, falando à comunidade escolar

A escola está localizada numa zona de periferia da cidade, considerada de risco social, com índices de violência na comunidade, o que motivou a presença da Justiça Restaurativa. As atividades iniciaram com a apresentação das facilitadoras para a direção, corpo docente e funcionários, de como seria desenvolvido o trabalho, suas técnicas e os objetivos. Logo após deu-se inicio a realização de círculos restaurativos, com alunos que cursavam o 5º ano do ensino fundamental e com o corpo de professores, dado os relatos de inúmeros conflitos ocorridos dentro da instituição. Vale ressaltar que os círculos foram realizados semanalmente e no turno inverso às aulas.
Os primeiros encontros tiveram o objetivo de conhecer a realidade da escola e expor aos alunos como seriam desenvolvidos os círculos restaurativos. Foi identificado que o grupo não possuía conflitos específicos que motivassem uma intervenção, e sim a necessidade de trabalhar com as dificuldades apresentadas, pessoais e do grupo, em refletir a respeito de: “valores”, relacionamento familiar, auto-conhecimento, expectativa de vida futura e importância da boa convivência no meio social. Diante dessa realidade apresentada passou-se a trabalhar com o grupo, através de CÍRCULOS DE DIÁLOGO e CÍRCULOS DE REFLEXÃO, buscando motivá-los a conhecer e enfrentar suas dificuldades, suas aspirações, tornando-os propulsores de uma nova perspectiva de vida.
Em maio de 2015 realizou-se um Círculo com o corpo docente, onde foram retomados os valores já trabalhados no ano anterior e reafirmar ao grupo a intenção de permanecer na instituição, trabalhando com novos grupos de alunos que seriam definidos pelos professores dando a continuação do trabalho no decorrer do período.
Vale ressaltar que, a Escola Municipal Getúlio Vargas tem demonstrado total acolhimento à proposta da Justiça Restaurativa, demonstrando acreditar que os conflitos podem ser resolvidos de forma reflexiva e pacífica.

Pelotas, 07 de maio de 2015.

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