Foi na tarde dessa segunda-feira (12) a primeira visita do projeto “Educação para a paz”, no ano de 2017. A visita aconteceu na Escola Municipal Dom Francisco de Campos Barreto, localizada no bairro Laranjal, e contou com a presença do Juiz de Direito, Diretor do Foro de Pelotas e Coordenador do CEJUSC, Dr. Marcelo Malizia Cabral, além da Diretora da Escola, Professora Isabel Cristina Mota, Vice Diretora da escola, a Profª Nailê Pinto Iunes, demais Professores e alunos e as representantes do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC), Sras. Marília Reis Gonçalves, Ana Paula Henrique de Campos e Marilaine Furmann.
O tema escolhido, para ser abordado nesse primeiro encontro de 2017, foi a mediação de conflitos dentro do ambiente escolar e, como é possível solucionar casos de agressividade e falta de respeito mantendo um diálogo aberto entre alunos, professores e gestores das escolas. Esse tema está dentro do foco da campanha, que já atingiu cerca de 9 mil alunos do município, e que visa promover a cultura da paz e a conscientização da comunidade para a importância do diálogo como maneira de promoção do entendimento, pacificação social e facilitação do acesso da população à justiça e a resolução de conflitos por meio da conciliação e mediação.
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Dr. Marcelo Malizia Cabral fez a abertura das atividades da visita. |
O primeiro a iniciar as falas, foi o Dr. Marcelo Malizia Cabral, que comentou da necessidade de exercermos a empatia dentro da escola, nos colocando no lugar do colega e buscando não fazer aos outros o que não desejamos para nós mesmos. Falou ainda que o Poder Judiciário busca construir um mundo onde as pessoas não se agridam e tentem manter o diálogo para entender as necessidades alheias, e assim diminuir os casos de autuações de jovens, por motivos banais como brigas e agressões no ambiente escolar.
Posteriormente, as representantes do CEJUSC deram início às atividades, através da exibição de um vídeo, que fala sobre podermos ser e sonhar com o que quisermos. Ana Paula Henrique, mediadora do CEJUSC, explicou que para que isso ocorra é necessário nos dedicarmos aos estudos e sempre respeitarmos os colegas, para que assim seja possível crescer em um ambiente saudável e que colabore com o nosso desenvolvimento.
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A mediadora Ana Paula falou da necessidade de estudar para poder entender e viver em sociedade. |
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A mediadora Marilaine deu dicas para manter o diálogo em sala de aula. |
Após, a mediadora Marilaine Furmann comentou sobre a atuação do CEJUSC para evitar que novos processos ingressem no judiciário, sem que exista um motivo suficientemente sério para isso, visto que muitas vezes são situações em que o diálogo resolveria. Falou em ações que podem ser aplicadas para resolver problemas dentro da escola, como “objetos da palavra” ou “rodas de conversa”, e que essas ações são bastante eficazes quando aplicadas pelas pessoas certas, acostumadas a apaziguar situações.
Para exemplificar a atuação do CEJUSC, foi encenado com a ajuda de alguns alunos, uma situação de audiência de mediação, contando com as duas partes reclamantes, seus advogados e a mediadora, que nesse caso foi a própria Marilaine. O caso encenado se tratava de uma agressão com perda material, onde um menino acertou a colega de escola com uma bola e isso causou a quebra de seus óculos. A colega reclamante solicitava a compra de óculos novos, que por serem muito caros não seriam custeados por ela. O menino que havia causado a quebra, sugeriu dar como manutenção do problema uma armação para óculos do mesmo modelo que a colega possuía, além de pedir desculpas pela situação. A colega aceitou as duas formas de retratação e o problema deu-se por solucionado, quando a mediadora Marilaine explicou que o objetivo do CEJUSC era exatamente esse, conseguir que uma porção maior de casos de mediação terminem em uma acordo como esse.
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Foi realizada uma encenação com os alunos para explicar como funciona uma sessão de mediação no CEJUSC. |
Por fim, a Vice Direta da escola, Sra. Nailê Pinto Iunes, agradeceu a presença das representantes do projeto e deu por encerrada a atividade, que culminou com os alunos fazendo desenhos de seu entendimento das explanações do projeto.
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